[caption id="attachment_1726" align="alignleft" width="455"] A mesa que se seguiu à abertura, no sentido horá...
[caption id="attachment_1726" align="alignleft" width="455"] A mesa que se seguiu à abertura, no sentido horário: as professoras Ester Rosa e Telma Ferraz; Gabriel Santana e Isamar Martins, da Releitura e a professora Ivane Pedrosa - Fotos: SE[/caption]
Em clima de confraternização e compartilhamento de experiências, a Releitura - Bibliotecas Comunitárias em Rede encerrou, na sexta-feira, 07, o Curso de Formação de Gestores e Mediadores de Leitura, parceria com o Ceel - Centro de Estudos em Educação e Linguagem da UFPE. O I Seminário sobre Mediação de Leitura em Bibliotecas lotou o auditório do Centro de Educação com estudantes de Pedagogia e de Biblioteconomia, professores e profissionais da área, que prestigiaram, também, as quatro oficinas oferecidas ao longo da tarde. Tudo permeado por contação de histórias, livros e literatura. Um recital poético, no saguão do prédio da faculdade, encerrou esta etapa de formação. Ano que vem tem mais.
A troca de saberes entre o fazer popular e o conhecimento acadêmico, tônica de todo o curso, iniciado em abril deste ano, se reproduziu no evento, aberto com a saudação do professor Daniel Rodrigues, diretor da Faculdade de Educação da UFPE, à qual se agrega o Ceel. No início, timidamente - e até com "certa estranheza" - a interação, ao final, foi plena e o rico aprendizado, de parte a parte, desses oito meses reconhecido em todas as falas.
Todas as oito bibliotecas que compõem a Releitura se fizeram presentes e, em duplas, realizaram oficinas de mediação de leituras e compartilharam fazeres com estudantes e professores. Dinâmicas, recitações, cochichos poéticos, rodas de leituras, jogos cênicos, contos de assombração, técnicas de contação de histórias... A atuação e os depoimentos das Fuxiqueiras do Coque, Valdimarta e Margarida, emocionou as participantes da oficina coordenada pela BP Coque e Cepoma:
"Elas me pescaram para o artesanato. No meio, encontrei os livros. Hoje, a leitura é uma coisa necessária na minha vida e para a vida das minhas filhas", conta Valdimarta, 25 anos presumíveis.
"Não gostava de ler. Nunca gostei de escola. Vim a estudar com 37 anos. Entrei no grupo de fuxico, lá da Biblioteca do Coque. Aprendi a gostar de ler. Agora não vivo mais sem ler. Termino um livro, busco outro. Se a biblioteca estiver fechada, fico no sufoco", confessa Margarida, 53 anos.
De onde surgem os mediadores de leitura? Como eles são formados? É preciso ler, ouvir e contar histórias, ensina um programa da Bibilioteca Multicultural Nascedouro. É preciso ser leitor, completa Gabriel Santana, um dos articuladores da Releitura.
"Muito interessante os vários tipos de linguagem. A escrita é um código. A reflexão sobre o conhecimento e a criatividade é que fazem a diferença", observa Lucas, estudante de Pedagogia, economista e professor de dança de salão.
"Queria muito criar um espaço de biblioteca na minha comunidade. Essa vivência foi muito importante, e só tenho a agradecer", diz Tatiane, estudante de Psicologia.
"O trabalho das bibliotecas comunitárias tem muita contribuição a dar às bibliotecas públicas e escolares.Vocês estão vencendo o desafio de tornar a biblioteca, não uma casa de livros, mas um espaço vivo", ressalta Yvanoska Gama, aluna do doutorado em Educação, professora da Rede Municipal/Recife e formadora do Proletramento/Ceel.
Como lembra a professora Ester Rosa, que coordenou o curso pelo Ceel, recuperando a fala de Daniel Rodrigues, a leitura é um patrimônio de todo mundo. Não pode ser apropriado só por quem tem acesso, a lógica da economia, de quem compra e de quem vende. A lógica não pode ser só a do mercado. É preciso compartilhar.
Talvez, Fernando Sabino, se vivo, pudesse reescrever sua frase célebre do livro O Encontro Marcado*: Fazer da biblioteca a casa, da leitura o prazer, do livro o suporte, da mediação a ponte, da troca de saberes a continuidade... Eis a missão.
Algumas fotos do I Seminário sobre Mediação de Leitura em Bibliotecas Comunitárias:
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* "Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro." Fernando Sabino, O Encontro Marcado, pág. 145, 28ª Edição, Record, 1980.
Leia mais sobre o Seminário no blogue da BP Coque.
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Nesta etapa da caminhada, a Releitura agradece a oportunidade de partilha do conhecimento com a Universidade/Ceel. Agradece, especialmente, às professoras Ester Rosa, que coordenou o curso; Ana Cláudia Pessoa, Caminha Bandeira (convidada), Ivane Pedrosa, Maria Helena Dubeaux, Rafaella Asfora e Telma Ferraz; e ao professor Lourival Pinto, que nos acompanharam e orientaram nesta travessia.
Nas fotos abaixo, recebem singela homenagem de seus orientandos, pela ordem: Biblioteca Lar Meimei/Ana Cláudia, Biblioteca Nascedouro/Maria Helena, Biblioteca Caranguejo Tabaiares/Ester Rosa, Biblioteca Amigos da Leitura/Rafaella, Bibilioteca Peró/Lourival, Biblioteca Os Bravistas-Shekiná/Telma, Bibilioteca Cepoma/Ivane, Biblioteca Popular do Coque/Carminha.
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Em clima de confraternização e compartilhamento de experiências, a Releitura - Bibliotecas Comunitárias em Rede encerrou, na sexta-feira, 07, o Curso de Formação de Gestores e Mediadores de Leitura, parceria com o Ceel - Centro de Estudos em Educação e Linguagem da UFPE. O I Seminário sobre Mediação de Leitura em Bibliotecas lotou o auditório do Centro de Educação com estudantes de Pedagogia e de Biblioteconomia, professores e profissionais da área, que prestigiaram, também, as quatro oficinas oferecidas ao longo da tarde. Tudo permeado por contação de histórias, livros e literatura. Um recital poético, no saguão do prédio da faculdade, encerrou esta etapa de formação. Ano que vem tem mais.
A troca de saberes entre o fazer popular e o conhecimento acadêmico, tônica de todo o curso, iniciado em abril deste ano, se reproduziu no evento, aberto com a saudação do professor Daniel Rodrigues, diretor da Faculdade de Educação da UFPE, à qual se agrega o Ceel. No início, timidamente - e até com "certa estranheza" - a interação, ao final, foi plena e o rico aprendizado, de parte a parte, desses oito meses reconhecido em todas as falas.
Todas as oito bibliotecas que compõem a Releitura se fizeram presentes e, em duplas, realizaram oficinas de mediação de leituras e compartilharam fazeres com estudantes e professores. Dinâmicas, recitações, cochichos poéticos, rodas de leituras, jogos cênicos, contos de assombração, técnicas de contação de histórias... A atuação e os depoimentos das Fuxiqueiras do Coque, Valdimarta e Margarida, emocionou as participantes da oficina coordenada pela BP Coque e Cepoma:
"Elas me pescaram para o artesanato. No meio, encontrei os livros. Hoje, a leitura é uma coisa necessária na minha vida e para a vida das minhas filhas", conta Valdimarta, 25 anos presumíveis.
"Não gostava de ler. Nunca gostei de escola. Vim a estudar com 37 anos. Entrei no grupo de fuxico, lá da Biblioteca do Coque. Aprendi a gostar de ler. Agora não vivo mais sem ler. Termino um livro, busco outro. Se a biblioteca estiver fechada, fico no sufoco", confessa Margarida, 53 anos.
De onde surgem os mediadores de leitura? Como eles são formados? É preciso ler, ouvir e contar histórias, ensina um programa da Bibilioteca Multicultural Nascedouro. É preciso ser leitor, completa Gabriel Santana, um dos articuladores da Releitura.
"Muito interessante os vários tipos de linguagem. A escrita é um código. A reflexão sobre o conhecimento e a criatividade é que fazem a diferença", observa Lucas, estudante de Pedagogia, economista e professor de dança de salão.
"Queria muito criar um espaço de biblioteca na minha comunidade. Essa vivência foi muito importante, e só tenho a agradecer", diz Tatiane, estudante de Psicologia.
"O trabalho das bibliotecas comunitárias tem muita contribuição a dar às bibliotecas públicas e escolares.Vocês estão vencendo o desafio de tornar a biblioteca, não uma casa de livros, mas um espaço vivo", ressalta Yvanoska Gama, aluna do doutorado em Educação, professora da Rede Municipal/Recife e formadora do Proletramento/Ceel.
Como lembra a professora Ester Rosa, que coordenou o curso pelo Ceel, recuperando a fala de Daniel Rodrigues, a leitura é um patrimônio de todo mundo. Não pode ser apropriado só por quem tem acesso, a lógica da economia, de quem compra e de quem vende. A lógica não pode ser só a do mercado. É preciso compartilhar.
Talvez, Fernando Sabino, se vivo, pudesse reescrever sua frase célebre do livro O Encontro Marcado*: Fazer da biblioteca a casa, da leitura o prazer, do livro o suporte, da mediação a ponte, da troca de saberes a continuidade... Eis a missão.
Algumas fotos do I Seminário sobre Mediação de Leitura em Bibliotecas Comunitárias:
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* "Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro." Fernando Sabino, O Encontro Marcado, pág. 145, 28ª Edição, Record, 1980.
Leia mais sobre o Seminário no blogue da BP Coque.
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Nesta etapa da caminhada, a Releitura agradece a oportunidade de partilha do conhecimento com a Universidade/Ceel. Agradece, especialmente, às professoras Ester Rosa, que coordenou o curso; Ana Cláudia Pessoa, Caminha Bandeira (convidada), Ivane Pedrosa, Maria Helena Dubeaux, Rafaella Asfora e Telma Ferraz; e ao professor Lourival Pinto, que nos acompanharam e orientaram nesta travessia.
Nas fotos abaixo, recebem singela homenagem de seus orientandos, pela ordem: Biblioteca Lar Meimei/Ana Cláudia, Biblioteca Nascedouro/Maria Helena, Biblioteca Caranguejo Tabaiares/Ester Rosa, Biblioteca Amigos da Leitura/Rafaella, Bibilioteca Peró/Lourival, Biblioteca Os Bravistas-Shekiná/Telma, Bibilioteca Cepoma/Ivane, Biblioteca Popular do Coque/Carminha.
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