A Biblioteca Jornalista Alcides Lopes, mais conhecida como Biblioteca Popular de Casa Amarela, Zona Norte do Recife, está pedindo socorro, f...
A Biblioteca Jornalista Alcides Lopes, mais conhecida como Biblioteca Popular de Casa Amarela, Zona Norte do Recife, está pedindo socorro, faz tempo: rachaduras, no teto, goteiras, livros molhados e mofados, estantes vazias. Sem manutenção da estrutura física, sem gestor, sem organização adequada do acervo, sem nada que não seja a lembrança do que já foi e a certeza do que ainda representa para os funcionários remanescentes e a comunidade.Prova disso é que, no domingo, 14, haverá ato cultural em frente a maltratada sede da biblioteca, a partir das 14:00 horas. Manifestação organizada pelo Grupo Casa Amarela Saudável e Sustentável - que está no Facebook no endereço: https://www.facebook.com/groups/casaamarelasaudavelesustentavel/ .
Também por iniciativa do grupo, na última terça, houve vigília em frente à biblioteca. Pouca gente apareceu, infelizmente, apesar da divulgação em alguns dos veículos da mídia convencional - clique para ler. A Releitura PE esteve presente, representada pelo articulador Fábio Rogério e parte da equipe da Biblioteca Comunitária Amigos da Leitura, no Alto José Bonifácio, também na Zona Norte - confira reportagem sobre a atividade na TV Jornal.
"Um pequeno grupo de moradores se reuniu debaixo de chuva. Mas um em especial me chamou a atenção: não foi o secretário de Segurança Urbana, secretaria que é a atual responsável pelo equipamento, mas um senhor de 89 anos que saiu de seu aconchego para rever sua amiga Biblioteca. Há 50 anos residente próximo à Biblioteca, ele lamentou o atual estado dela... " - postou Fábio Rogério no Facebook. Capturamos em seu perfil as fotos do ato que ilustram esta postagem.
A Biblioteta de Casa Amarela não é única a sofrer o abandono. Também a Biblioteca Popular de Afogados está em situação idêntica - clique para ler.
Presente na manifestação da terça, o secretário de Segurança Urbana do Recife, Murilo Cavalcanti, assegurou que a reforma das duas bibliotecas públicas será feita e o equipamento devolvido aos moradores em seis meses.
Fábio lembra que a Releitura está junto nesta mobilização, assim como integra o movimento pelo direito ao prazer em ler, do acesso à biblioteca, do livro, da leitura e literatura como ingrediente da cidadania plena. Junto com outras organizações da sociedade civil envolvidas na causa, nossa Rede é parte da Comissão Intersetorial em Defesa da Biblioteca, do Livro, da Leitura e Literatura, bem como do recém reativado Fórum Pernambucano da Biblioteca, do Livro, da Leitura e Literatura - aqui no blogue.
