[caption id="attachment_2096" align="alignleft" width="455"] Fachada em transformaĆ§Ć£o: "sobre as casas d...
[caption id="attachment_2096" align="alignleft" width="455"] Fachada em transformaĆ§Ć£o: "sobre as casas de cada um, os sonhos se levantam e voam..." - Fotos capturadas no bloque www.bpcoque.com.br[/caption]
Hoje a Biblioteca Popular do Coque acordou de cara nova, mais feliz e brilhante do que costuma ser. Ć que ontem foi dia de mostrar que, como boa filha do Coque, nĆ£o foge Ć luta. Entrou de corpo e alma no protesto em defesa do direito de morar da gente coqueana, e ganhou e presente uma nova fachada, grafitada lindamente pelo grupo Cores do AmanhĆ£, lĆ” do TotĆ³. AtĆ© ganhou notĆcia no jornal, com foto da articuladora BetĆ¢nia Almeida e tudo.
"A Biblioteca estĆ” linda, o dia foi emocionante e estou muito feliz", comemora BetĆ¢nia.
Solidariedade, cidadania e cultura em movimento, ato de mĆ£os dadas entre a gente e organizaƧƵes de dentro e de fora do Coque, numa expansĆ£o do sentido comunitĆ”rio - veja as fotos do #Coque RExiste, A Releitura - Bibliotecas ComunitĆ”rias em Rede, claro, disse presente.
Fabiana Coelho, mediadora de leitura e contadora de histĆ³rias, que divide com BetĆ¢nia a gestĆ£o da Biblioteca - e que tambĆ©m Ć© jornalista, atriz e escritora - relata do que aconteceu naquele reduto da Ilha de Jona Bezerra, a partir da aĆ§Ć£o da BP Coque. Transcrevemos diretamente do blogue de lĆ” - clique para ler a Ćntegra, que tambĆ©m publicamos em nossa pĆ”gina no Facebook:
[caption id="attachment_2097" align="alignleft" width="300"] Antes de Leitura em aĆ§Ć£o...[/caption]
[caption id="attachment_2098" align="alignleft" width="300"] Na tenda, recital de poesias para plateia atenta[/caption]
(...)
Na Biblioteca, as atividades comeƧaram por volta das 9 horas, com a chegada das primeiras crianƧas e inĆcio das primeiras leituras. A partir de entĆ£o, mais gente foi se chegando. Aos meninos do Coque, se juntaram outros – de bairros e condiƧƵes sociais bem diferentes. As agentes da Leitura, junto com nossa mediadora Fabiana Coelho, formaram uma linda roda de histĆ³rias. As crianƧas cantaram, disseram poesias, saĆram Ć s ruas com o Trem de Ascenso Ferreira, dizendo: “Vou danado pra Catende com vontade de chegar”…
Enquanto isso, os maiorezinhos, se juntavam para escrever poemas sob a batuta de FĆ”bio Andrade. Encerrada a oficina de FĆ”bio, passaram para outra atividade e brincaram de fazer xilogravuras em cordĆ©is – usando folhas de isopor. VĆ”rias pessoas chegaram com doaƧƵes de excelentes livros, que ajudarĆ£o a enriquecer nosso acervo.
A tarde comeƧou com as meninas do grupo Cores do AmanhĆ£ que, mais uma vez, emprestou seu talento para embelezar nossa fachada. Vale ressaltar que o grupo, cuja sede estĆ” situada no TotĆ³, alĆ©m das lindas pinturas que enchem de arte nossa cidade, tem um belo trabalho social.
Enquanto do lado de fora, as paredes se enchiam de cores, lĆ” dentro, as histĆ³rias continuavam. E Marina Duarte, com sua cena mascarada, comoveu a todos com a histĆ³ria do Mefistos que nĆ£o sabia cantar com o coraĆ§Ć£o…
Uma tenda foi montada do lado de fora para que novas poesias e histĆ³rias fossem contadas. Fabiana cantou-recitou o poema Coco da ResistĆŖncia, feito pelo poeta Wilson Freire especialmente para o Coque RExiste – a pedido de Wellington de Melo. Um pedacinho:
“Cocada, coco e coqueiro,
Coqueiral, coco do Coque,
se bulir comigo eu brigo
baladeira de bodoque
(…)
Essa comuna
foi fundada no batente
sob a lua, no sol quente,
num galope Ć beira-mar
E nĆ£o vai ser
nenhum desses salafrƔrios
travestidos de empresƔrios
que vem cĆ” nos expulsar”
Ćrica VerƧosa contou uma histĆ³ria africana, sobre a princesa que nĆ£o falava. Isamar contou a histĆ³ria de resistĆŖncia de BrasĆlia Teimosa, tĆ£o parecida com a do Coque em muitos aspectos. A meninada recitou os seus poemas: Alice TenĆ³rio, Alice Nascimento. A pequena Talita declamou Ascenso Ferreira e seu “Oropa, FranƧa e Bahia”.
Por fim, hora de desarmar a tenda e partir em direĆ§Ć£o Ć PraƧa Barreto JĆŗnior, onde a crianƧada brincava na cama elĆ”stica, os mais velhos contavam a histĆ³ria do bairro e onde se apresentou o grupo de danƧa Cigana do Recife; e grupos de danƧa e de mĆŗsica do Coque. Na volta, a pintura da fachada estava concluĆda: sobre as casas de cada um, os sonhos que se levantam e voam…
OUTROS POLOS - Com tanta coisa acontecendo em nosso pĆ³lo, nĆ£o deu pra gente rodar pelos outros pĆ³los. Mas muita coisa aconteceu neste domingo. Teve gente que chegou de bicicleta e deu oficinas de manutenĆ§Ć£o de bike, e de sinalizaĆ§Ć£o com discos de vinil. Teve advogados que percorreram as casas ameaƧadas de remoĆ§Ć£o, conversaram com os moradores que escreveram em suas fachadas porque nĆ£o queriam sair daquele lugar.
Teve energias renovadas, com yoga, reiki, rodas de oraĆ§Ć£o, cultos, missa celebrada por Frei AloĆsio. Teve oficina de encadernaĆ§Ć£o de livros com Wellington de Melo. Teve exposiĆ§Ć£o de fotografias e muitos debates na Igreja. Teve mostra de filmes, recital de poemas e apresentaƧƵes musicais na PraƧa da Periquita.
Teve agentes de saĆŗde, torneio de futebol, teatro de rua e, principalmente, havia em cada canto uma vitalidade, uma alegria e uma sensaĆ§Ć£o de que Ć©, sim, possĆvel construir outro modelo de cidade.
O Coque RExiste vai continuar. E a Biblioteca, certamente, vai fazer sua parte!
[caption id="attachment_2100" align="alignleft" width="455"] A nova cara da BPCoque no traƧo do grupo Cores do AmanhĆ£[/caption]
Hoje a Biblioteca Popular do Coque acordou de cara nova, mais feliz e brilhante do que costuma ser. Ć que ontem foi dia de mostrar que, como boa filha do Coque, nĆ£o foge Ć luta. Entrou de corpo e alma no protesto em defesa do direito de morar da gente coqueana, e ganhou e presente uma nova fachada, grafitada lindamente pelo grupo Cores do AmanhĆ£, lĆ” do TotĆ³. AtĆ© ganhou notĆcia no jornal, com foto da articuladora BetĆ¢nia Almeida e tudo.
"A Biblioteca estĆ” linda, o dia foi emocionante e estou muito feliz", comemora BetĆ¢nia.
Solidariedade, cidadania e cultura em movimento, ato de mĆ£os dadas entre a gente e organizaƧƵes de dentro e de fora do Coque, numa expansĆ£o do sentido comunitĆ”rio - veja as fotos do #Coque RExiste, A Releitura - Bibliotecas ComunitĆ”rias em Rede, claro, disse presente.
Fabiana Coelho, mediadora de leitura e contadora de histĆ³rias, que divide com BetĆ¢nia a gestĆ£o da Biblioteca - e que tambĆ©m Ć© jornalista, atriz e escritora - relata do que aconteceu naquele reduto da Ilha de Jona Bezerra, a partir da aĆ§Ć£o da BP Coque. Transcrevemos diretamente do blogue de lĆ” - clique para ler a Ćntegra, que tambĆ©m publicamos em nossa pĆ”gina no Facebook:
[caption id="attachment_2097" align="alignleft" width="300"] Antes de Leitura em aĆ§Ć£o...[/caption]
[caption id="attachment_2098" align="alignleft" width="300"] Na tenda, recital de poesias para plateia atenta[/caption]
(...)
NOSSO BAIRRO TEM POESIA
Na Biblioteca, as atividades comeƧaram por volta das 9 horas, com a chegada das primeiras crianƧas e inĆcio das primeiras leituras. A partir de entĆ£o, mais gente foi se chegando. Aos meninos do Coque, se juntaram outros – de bairros e condiƧƵes sociais bem diferentes. As agentes da Leitura, junto com nossa mediadora Fabiana Coelho, formaram uma linda roda de histĆ³rias. As crianƧas cantaram, disseram poesias, saĆram Ć s ruas com o Trem de Ascenso Ferreira, dizendo: “Vou danado pra Catende com vontade de chegar”…
Enquanto isso, os maiorezinhos, se juntavam para escrever poemas sob a batuta de FĆ”bio Andrade. Encerrada a oficina de FĆ”bio, passaram para outra atividade e brincaram de fazer xilogravuras em cordĆ©is – usando folhas de isopor. VĆ”rias pessoas chegaram com doaƧƵes de excelentes livros, que ajudarĆ£o a enriquecer nosso acervo.
A tarde comeƧou com as meninas do grupo Cores do AmanhĆ£ que, mais uma vez, emprestou seu talento para embelezar nossa fachada. Vale ressaltar que o grupo, cuja sede estĆ” situada no TotĆ³, alĆ©m das lindas pinturas que enchem de arte nossa cidade, tem um belo trabalho social.
Enquanto do lado de fora, as paredes se enchiam de cores, lĆ” dentro, as histĆ³rias continuavam. E Marina Duarte, com sua cena mascarada, comoveu a todos com a histĆ³ria do Mefistos que nĆ£o sabia cantar com o coraĆ§Ć£o…
Uma tenda foi montada do lado de fora para que novas poesias e histĆ³rias fossem contadas. Fabiana cantou-recitou o poema Coco da ResistĆŖncia, feito pelo poeta Wilson Freire especialmente para o Coque RExiste – a pedido de Wellington de Melo. Um pedacinho:
“Cocada, coco e coqueiro,
Coqueiral, coco do Coque,
se bulir comigo eu brigo
baladeira de bodoque
(…)
Essa comuna
foi fundada no batente
sob a lua, no sol quente,
num galope Ć beira-mar
E nĆ£o vai ser
nenhum desses salafrƔrios
travestidos de empresƔrios
que vem cĆ” nos expulsar”
Ćrica VerƧosa contou uma histĆ³ria africana, sobre a princesa que nĆ£o falava. Isamar contou a histĆ³ria de resistĆŖncia de BrasĆlia Teimosa, tĆ£o parecida com a do Coque em muitos aspectos. A meninada recitou os seus poemas: Alice TenĆ³rio, Alice Nascimento. A pequena Talita declamou Ascenso Ferreira e seu “Oropa, FranƧa e Bahia”.
Por fim, hora de desarmar a tenda e partir em direĆ§Ć£o Ć PraƧa Barreto JĆŗnior, onde a crianƧada brincava na cama elĆ”stica, os mais velhos contavam a histĆ³ria do bairro e onde se apresentou o grupo de danƧa Cigana do Recife; e grupos de danƧa e de mĆŗsica do Coque. Na volta, a pintura da fachada estava concluĆda: sobre as casas de cada um, os sonhos que se levantam e voam…
OUTROS POLOS - Com tanta coisa acontecendo em nosso pĆ³lo, nĆ£o deu pra gente rodar pelos outros pĆ³los. Mas muita coisa aconteceu neste domingo. Teve gente que chegou de bicicleta e deu oficinas de manutenĆ§Ć£o de bike, e de sinalizaĆ§Ć£o com discos de vinil. Teve advogados que percorreram as casas ameaƧadas de remoĆ§Ć£o, conversaram com os moradores que escreveram em suas fachadas porque nĆ£o queriam sair daquele lugar.
Teve energias renovadas, com yoga, reiki, rodas de oraĆ§Ć£o, cultos, missa celebrada por Frei AloĆsio. Teve oficina de encadernaĆ§Ć£o de livros com Wellington de Melo. Teve exposiĆ§Ć£o de fotografias e muitos debates na Igreja. Teve mostra de filmes, recital de poemas e apresentaƧƵes musicais na PraƧa da Periquita.
Teve agentes de saĆŗde, torneio de futebol, teatro de rua e, principalmente, havia em cada canto uma vitalidade, uma alegria e uma sensaĆ§Ć£o de que Ć©, sim, possĆvel construir outro modelo de cidade.
O Coque RExiste vai continuar. E a Biblioteca, certamente, vai fazer sua parte!
[caption id="attachment_2100" align="alignleft" width="455"] A nova cara da BPCoque no traƧo do grupo Cores do AmanhĆ£[/caption]