[caption id="attachment_2331" align="alignleft" width="182"] A riqueza da cultura pernambucana está reunida n...
[caption id="attachment_2331" align="alignleft" width="182"]
A riqueza da cultura pernambucana está reunida no livro do Adriano Marcena. É fruto de 10 anos de pesquisa do escritor-ator recifense[/caption]
Foi com alívio que recebemos a boa notícia do recuo do Governo do Estado da intenção de excluir a Secretaria de Cultura, fundindo-a com a Secretaria de Desenvolvimento Social. Postamos a informação, praticamente, em tempo real em nossa página no Facebook, ontem. "Todos que fazem a cultura em terras pernambucanas respiramos" aliviados, pois o contrário seria retrocesso inadmissível", afirma
Em entrevista coletiva na manhã na quarta-feira, 20, Dia Nacional da Consciência Negra, Eduardo Campos anunciou cinco reformas na estrutura de seu governo, sem incluir a Cultura. Fez mais: disse que o estado vai aderir ao Sistema Nacional de Cultura. Antes tarde do que nunca; Pernambuco é um dos últimos a integrar o sistema, que prevê conselhos estaduais de cultura com participação ampla da sociedade civil. Atualmente, aqui é prerrogativa exclusiva do governador nomear os conselheiros.
Segundo se divulgou, a incorporação da cultura pelo desenvolvimento econômico seria "apenas" uma de três hipóteses apresentadas ao governador pelo grupo técnico, e que seria parte da reforma administrativa a ser encaminhada para apreciação da Assembleia Legislativa. Já na coletiva de imprensa, Eduardo Campos negou, terminantemente, que sequer tivesse aventado tal possibilidade.
Se o governador quis testar a fibra do meio cultural pernambucano, conseguiu. A possibilidade desencadeou, a partir das redes sociais, uma chuva de críticas, amplamente repercutidas pela mídia convencional, o que provocou desmentidos oficiosos e oficiais - clique para ler no Diário de Pernambuco.
Inclusive, o Fórum em Defesa da Biblioteca, do Livro e da Leitura, do qual a Releitura PE é parte ativa, que teve sua reunião mensal na terça-feira, 19, divulgou Carta de Apelo Público ao governador. Apesar de a história ter-se revertido, transcrevemos abaixo, a título de memória do que como a mobilização cidadã pode transformar.
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Fórum em Defesa da Bibliotecas, do Livro e da Leitura reunido na Biblioteca Pública Estadual - Foto: Gilvanedja Mendes, capturada no FB[/caption]
CARTA DE APELO PÚBLICO
Nós que integramos o Fórum em Defesa das Bibliotecas, Livro e Leitura de PE, vimos através deste apelo público, manifestar nossa tristeza, para não dizer nossa indignação, com a iniciativa divulgada pelo Sr. Governador do Estado de promover uma reforma em seu secretariado e, que nesse processo tenha se cogitado a extinção da Secretaria de Cultura, transferindo-a para um departamento da Secretaria de Desenvolvimento Econômico ou para uma Diretoria da Secretaria de Educação.
Tristeza, porque foram muitos anos de luta no estado de Pernambuco para o reconhecimento da cultura pernambucana como uma riqueza ímpar para o desenvolvimento humano, social, ambiental e econômico de Pernambuco.
Indignação, porque a proposta desqualifica, desvaloriza e faz regredir a conquista do reconhecimento do povo Pernambucano do quanto a Cultura é estruturante para a afirmação dos direitos humanos da diversidade dos seus habitantes.
As iniciativas de reforma divulgadas pelo Sr, Governador, são um retrocesso à medida em que relegam à Cultura um papel secundário, como um atributo para a economia ou para a educação. Quando na verdade a Cultura é uma dimensão estruturante do desenvolvimento humano e social, tanto como o são a Educação e o Desenvolvimento Econômico, não podendo um ser submetido ao outro.
Extinguir a Secretaria de Cultura, é relegar o direito humano à cultura, uma vez que evidentemente deixarão de ser tratados com o devido cuidado o planejamento, a gestão, o financiamento e o controle social das políticas públicas de cultura, que garantem acesso aos meios de produção e aos bens culturais, aos direitos de tradição, de preservação, valorização e divulgação das expressões multiculturais de Pernambuco; além da cara e rara manutenção, qualificação e modernização dos seus equipamentos culturais, já tão jogados às traças como os são as bibliotecas, teatros e museus existentes no estado.
Em razão disso, lançamos esta Carta de Apelo Público, com a finalidade de mobilizar a população e sensibilizar o governador para que NÃO ASSINE ESTE DECRETO .
Pernambuco é o que é pela rica Cultura que emerge e vibra com e do Povo!
Governador, não mate a maior riqueza do nosso povo! A sua identidade!
RELEITURA- BIBLIOTECAS COMUNITÁRIAS EM REDE
BIBLIOTECA COMUNITÁRIA AMIGOS DA LEITURA
BIBLIOTECA DO CEPOMA
MOVIMENTO CULTURAL BOCA DO LIXO/ BIBLIOTECA MULTICULTURAL NASCEDOURO
BIBLIOTECA POPULAR DO COQUE
BIBLIOTECA - LAR MEIMEI
CENTRO DE CULTURA LUÍS FREIRE
CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA DA 4ª REGIÃO –CRB4
A riqueza da cultura pernambucana está reunida no livro do Adriano Marcena. É fruto de 10 anos de pesquisa do escritor-ator recifense[/caption]Foi com alívio que recebemos a boa notícia do recuo do Governo do Estado da intenção de excluir a Secretaria de Cultura, fundindo-a com a Secretaria de Desenvolvimento Social. Postamos a informação, praticamente, em tempo real em nossa página no Facebook, ontem. "Todos que fazem a cultura em terras pernambucanas respiramos" aliviados, pois o contrário seria retrocesso inadmissível", afirma
Em entrevista coletiva na manhã na quarta-feira, 20, Dia Nacional da Consciência Negra, Eduardo Campos anunciou cinco reformas na estrutura de seu governo, sem incluir a Cultura. Fez mais: disse que o estado vai aderir ao Sistema Nacional de Cultura. Antes tarde do que nunca; Pernambuco é um dos últimos a integrar o sistema, que prevê conselhos estaduais de cultura com participação ampla da sociedade civil. Atualmente, aqui é prerrogativa exclusiva do governador nomear os conselheiros.
Segundo se divulgou, a incorporação da cultura pelo desenvolvimento econômico seria "apenas" uma de três hipóteses apresentadas ao governador pelo grupo técnico, e que seria parte da reforma administrativa a ser encaminhada para apreciação da Assembleia Legislativa. Já na coletiva de imprensa, Eduardo Campos negou, terminantemente, que sequer tivesse aventado tal possibilidade.
Se o governador quis testar a fibra do meio cultural pernambucano, conseguiu. A possibilidade desencadeou, a partir das redes sociais, uma chuva de críticas, amplamente repercutidas pela mídia convencional, o que provocou desmentidos oficiosos e oficiais - clique para ler no Diário de Pernambuco.
Inclusive, o Fórum em Defesa da Biblioteca, do Livro e da Leitura, do qual a Releitura PE é parte ativa, que teve sua reunião mensal na terça-feira, 19, divulgou Carta de Apelo Público ao governador. Apesar de a história ter-se revertido, transcrevemos abaixo, a título de memória do que como a mobilização cidadã pode transformar.
[caption id="attachment_2328" align="alignleft" width="455"]
Fórum em Defesa da Bibliotecas, do Livro e da Leitura reunido na Biblioteca Pública Estadual - Foto: Gilvanedja Mendes, capturada no FB[/caption]CARTA DE APELO PÚBLICO
Nós que integramos o Fórum em Defesa das Bibliotecas, Livro e Leitura de PE, vimos através deste apelo público, manifestar nossa tristeza, para não dizer nossa indignação, com a iniciativa divulgada pelo Sr. Governador do Estado de promover uma reforma em seu secretariado e, que nesse processo tenha se cogitado a extinção da Secretaria de Cultura, transferindo-a para um departamento da Secretaria de Desenvolvimento Econômico ou para uma Diretoria da Secretaria de Educação.
Tristeza, porque foram muitos anos de luta no estado de Pernambuco para o reconhecimento da cultura pernambucana como uma riqueza ímpar para o desenvolvimento humano, social, ambiental e econômico de Pernambuco.
Indignação, porque a proposta desqualifica, desvaloriza e faz regredir a conquista do reconhecimento do povo Pernambucano do quanto a Cultura é estruturante para a afirmação dos direitos humanos da diversidade dos seus habitantes.
As iniciativas de reforma divulgadas pelo Sr, Governador, são um retrocesso à medida em que relegam à Cultura um papel secundário, como um atributo para a economia ou para a educação. Quando na verdade a Cultura é uma dimensão estruturante do desenvolvimento humano e social, tanto como o são a Educação e o Desenvolvimento Econômico, não podendo um ser submetido ao outro.
Extinguir a Secretaria de Cultura, é relegar o direito humano à cultura, uma vez que evidentemente deixarão de ser tratados com o devido cuidado o planejamento, a gestão, o financiamento e o controle social das políticas públicas de cultura, que garantem acesso aos meios de produção e aos bens culturais, aos direitos de tradição, de preservação, valorização e divulgação das expressões multiculturais de Pernambuco; além da cara e rara manutenção, qualificação e modernização dos seus equipamentos culturais, já tão jogados às traças como os são as bibliotecas, teatros e museus existentes no estado.
Em razão disso, lançamos esta Carta de Apelo Público, com a finalidade de mobilizar a população e sensibilizar o governador para que NÃO ASSINE ESTE DECRETO .
Pernambuco é o que é pela rica Cultura que emerge e vibra com e do Povo!
Governador, não mate a maior riqueza do nosso povo! A sua identidade!
RELEITURA- BIBLIOTECAS COMUNITÁRIAS EM REDE
BIBLIOTECA COMUNITÁRIA AMIGOS DA LEITURA
BIBLIOTECA DO CEPOMA
MOVIMENTO CULTURAL BOCA DO LIXO/ BIBLIOTECA MULTICULTURAL NASCEDOURO
BIBLIOTECA POPULAR DO COQUE
BIBLIOTECA - LAR MEIMEI
CENTRO DE CULTURA LUÍS FREIRE
CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA DA 4ª REGIÃO –CRB4
