Estão empossados os 40 conselheiros Estaduais de política Cultural. Juliana Albuquerque, e o suplente Fábio Rogério, fazem parte do Conselho...
Estão empossados os 40 conselheiros Estaduais de política Cultural. Juliana Albuquerque, e o suplente Fábio Rogério, fazem parte do Conselho de Literatura e são a voz das bibliotecas comunitárias na busca de políticas públicas voltadas para a leitura. A cerimônia de posse foi realizada hoje (03), no Palácio das Princesas. Nem a forte chuva impediu que artistas e representantes culturais marcassem presença para prestigiar esse momento histórico.
A luta dos artistas pela implantação de Conselhos que representem, de fato, a cultura e identidade do povo, é antiga. E foi lembrada nas sucessivas falas, sejam a de Arary Pascoal, conselheira da região do Agreste, que representou os 20 conselheiros eleitos pela sociedade civil. Em sua fala, ela ressaltou o histórico da luta pela participação social - luta que também foi lembrada em poema recitado pelo conselheiro eleito para o segmento de cultura popular de matriz ibérica, Alexandre Morais.
Arary lembrou, ainda, o papel do Estado e das políticas públicas na valorização da diversidade cultural e na correção de injustiças históricas contra os povos indígenas e afrodescendentes.
O secretário de Cultura, Marcelino Granja, representou os 20 conselheiros representantes do governo. Ele ressaltou que a cultura não é algo que possa ser fornecido pelo Estado, de cima para baixo. A cultura existe na sociedade e o papel do Estado é criar políticas que valorizem e estimulem a produção cultural como expressão da identidade de um povo - e isso amplia a importância de um canal de participação ativa dos que fazem a cultura local. Ele lembrou que o papel dos Conselhos cresce de importância neste momento histórico de instabilidade da democracia.
O governador Paulo Câmara enalteceu a conquista e garantiu: - As decisões do Conselho serão cumpridas!
Para a Releitura, trata-se de um espaço importante para lutar por políticas públicas que estimulem a formação de leitores; a valorização dos escritores e editores locais; a sustentabilidade de bibliotecas públicas, comunitárias e escolares. Para isso, ressaltamos a importância da união de todos os elos que atuam na luta pelo Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas: mediadores, escritores e editores.
Apesar de fazer parte do elo dos mediadores, nossa conselheira Juliana Albuquerque e o suplente Fábio Rogério garantem que vão representar os interesses de todos. Afinal, se a formação de leitores é fundamental para a existência dos escritores e editores, também não existem leitores se não houver livros – quem os crie e quem os disponibilize. E aproveitam para convidar todos a participarem das reuniões do Fórum Pernambucano em Defesa do Livro, da Leitura, da Literatura e das Bibliotecas, espaço aberto para a troca de ideias.